Escritos para você

31
Mar 12

Não posso me afastar de mim; de ti eu posso. Fingir, negacear, aborrecer, amar, esqueceer, tudo isso e muito mais em relação a ti eu posso. Ao me ver no espelho, observo algo diferente do que vi ontem; nada mudou, há décadas, em como me comporto; quanto minto para terceiros, isso de certo modo me diverte e muito. Secretamente rio das suas ingenuidades, mas não possuo mais a arte de enganar a mim mesmo. Assim, tornei-me prisioneiro das expetativas que cultivei, das ilusões e dos vazios que permiti, indolente, que me acompanhassem. Dia-a-dia, gota a gota, vou nutrindo uma certa indolência com a vida, com o que virá por aí; há uma dose de autosuficiencia em tudo isso, um certo travo de melancolia.

 

Na medida em que te enlaço em minhas possibilidades, mais te seduzo e te ataranto; na posição de presa não me és mais tão atraente. O gozo do corpo, tão pleno de delícias, também tem seus melhores momentos e suas antecipações. Se o amor não for irrigado, a planta fenecerá e passará a ser, na melhor das hipóteses uma doce lembrança e na pior uma sombra solitária a me enervar, a me mostrar sempre como podia ser melhor. Se é verdade que tanto me queres, me observa melhor, para entenderes o que escondo de mim mesmo, com o que tento ocultar, com a pálida tristeza que, de tanto em tanto me torna assim tão ensimesmado. Somente assim, a partir do que efetivamente conheces, tu te tornarias verdadeira igualmente em meus afetos e em meus desejos.

 

Uma leitura real, não um trecho de virtualidades, é o que busco em ti. Essa profunda lealdade, que somente se compartilha com nossos medos, é que me faria ficar tão próximo a ti, que me tornaria realmente uma pessoa não em vias da paixão, mas do amor. Amar por vezes é estimulante, mas por certo extenua, cria obrigações, faz de um paraíso algo bastante inferior. De qualquer modo, penso que é tudo uma entrega, um pouco de um travo de vinho, talvez mesmo um pouco de fingimento.

 

Somente assim, quando a minha sombra se confundir com a sua, e eu não mais puder distinguir em mim algo distinto do que tu és, nos possuiremos. Até lá nosso amor cabe todinho em algum programa fugidio, em um final de semana, em uma tarde plena de verão, na qual saboreamos tão-só o que ali pudermos, e pouco mais do que isso será lembrança, memória, boa-vontade. Esquece meu corpo, sorve meus olhos. Eles nos dirão o que, efetivamente, poderemos ser.   

publicado por blogdobesnos às 20:52

Os camelos varavam o deserto, enquanto eu esperava por ti. Era mais ou menos assim, no deserto, com muita sede dos teus néctares que eu me (des) encontrava. Apenas me restou tua maior ausência.  Um oásis, eu necessito de um mas – por favor – sem odaliscas. Minhas energias se esvaíram e tudo parece ter perdido o sentido. Sei que não voltarás, te foste e isso é um fato que não posso discutir ou alterar, e, se algo ficou foi o desejo de compartilhar-me contigo, redescobrir talvez algum clarão de lua, mesmo um poema subitamente surgido do teu olhar. 

 

Se as memórias são uma idealização do que vivemos, mesmo o que vivemos se perde entre nossos desejos. Ilusões, as memórias são ilusões que manipulamos de acordo com nossas vontades. O presente é tua partida, o presente é a tua presença enevoada em alguma paragem, em alguma estrada, em algum caminho incerto.

 

Não havia certeza, mas meu desejo, sempre ele, traiu mais uma vez meu entendimento. Estou embotado pelas minhas recordações, pelos meus sentidos que mais uma vez se entregaram aos sentimentos. Sou, eu mesmo, uma ilusão. Um fractal. Uma semana que se esgota rapidamente, um evento. Sou um evento, com horário marcado, com sorrisos calculados, com reticências expulsas. Talvez por isso me engane tanto, embora também haja uma parte de mim que às custas da sedução, aos outros encanta. Novamente aqui, aguardando, espreitando qualquer um, qualquer uma que me diga algo gratificante, que me tome nos braços, que reinicie o signo da envolvente paixão.

 

A tua ausência não permite que eu exerça meu autocentramento. Não estás aqui, partilhar o que com quem? Ser visto por quem? Ser amado por quem? Se não posso dar-me a mim mesmo, a quem devo me submeter para triunfar sobre minhas idiossincrasias? Um oásis…, por favor, você viu algum? Necessito de ti para que digas quem eu sou, o que sou, pois não posso conviver com o meu passado, vazio de um tudo como um copo que insiste em transbordar de fel. Não viras, contudo, és apenas memória, e não quero chorar por ti, pois seria chorar pela minha própria solidão.

publicado por blogdobesnos às 16:02

Poema da Amante

Adalgisa Néri

 

Eu te amo

Antes e depois de todos os acontecimentos

Na profunda imensidade do vazio

e a cada lágrima dos meus pensamentos.

Eu te amo

Em todos os ventos que cantam,

em todas as sombras que choram,

na extensão infinita do tempo

até a região onde os silêncios moram.

Eu te amo

em todas as transformações da vida,

em todos os caminhos do medo

na angústia da vontade perdida

e na dor que se veste em segredo.

Eu te amo

em tudo que estás presente,

no olhar dos astros que te alcançam

em tudo que ainda estás ausente.

Eu te amo

desde a criação das águas,

desde a idéia do fogo

e antes do primeiro riso e da primeira mágoa.

Eu te amo perdidamente

desde a grande nebulosa

até depois que o universo cair sobre mim

suavemente.

publicado por blogdobesnos às 15:57

Talvez não fosse o momento de fechar a  janela, mas nem pensei no assunto.

 

Depois me dei conta que deveria ter pensado melhor, mas já havia acontecido.

 

Sentei no sofá e só uma hora depois me dei conta de que o amor tinha ficado lá, do lado de fora…

publicado por blogdobesnos às 15:48

Nós devemos eliminá-los, subjugá-los, os tornarmos nossos escravos, até que sejam todos extintos e que, com o passar dos anos, mesmo as suas lembranças se percam em névoas, em incertas impressões postas em algum lugar perdido nos escaninhos do tempo. E todos sabemos já por que devemos exterminá-los, submetê-los; simplesmente não podemos permitir, em nome do que somos e do que construímos, que esses outros nos tragam inseguranças, nos ameacem de modo tão oblíquo e insidioso. Se não aceitam quem somos, como somos e o modo como vivemos; se criticam a nossa cultura, nossos deuses e memórias, se ridicularizam nossa maneira de agir e de pensar, que não nos atrapalhem, que não difamem as nossas famílias, que não tentem levar à bancarrota os nossos negócios, seja diminuindo nossos lucros, seja incrementando nossos custos e prejuízos, de todo modo nos impedindo a fortuna.

 

Nascemos para o progresso de nossos planos e nossos domínios marítimos e territoriais cada vez mais se expendem, levando nossas luzes aos ignorantes, aos mercenários, pelo que assumimos nossa missão redentora, civilizatória, no sentido de colonizar os bárbaros, os néscios. Nossas eventuais limitações não devem nos paralizar, nos engessar dentro do que já somos. Devemos explorar ao máximo a grandeza histórica de nosso povo, a reconhecida destreza e eficácia de nossos exércitos. Não restemos acanhados ou moralmente constrangidos na defesa de nossos interesses, pois são os mesmos necessários em sua gênese e éticos em seus fundamentos. A compreensão, a convivência co outros não deve nos tornar fracos e impassíveis, menos ainda impotentes como os homens que se perdem em elocubrações filosóficas e morais aos quais falta a coragem, a bravura, o destemor de empreender o que deles se espera. Combatamos o bom combate, que é o da nossa ascenção; nos comportemos como romanos: si vis pacem para bellum é o lema herdado que nos conduzirá à frente. Aos inimigos do Estado, aos derrotados e aos que se interpoem entre nós e nosso destino redentor, apresentemos nossa repulsa e nossas masmorras.

 

Tomemos o que é nosso e nos pertence de direito e anexemos ainda o que julguemos nobre e passível de riqueza no interesse supremo do nosso povo.  Consagremos nossa religião, nossos mandamentos, nossas cartas como a única e inviolável defesa da nossa sociedade e de nossos princípios éticos. Devemos espalhar ao mundo as benesses dos nossos Pais, da sua sempre nobre mensagem de paz, de solidariedade e mesmo de piedade eterna àqueles que vociferam e destilam seu fel contra nós. Sejamos progressistas ao proporcionarmos aos demais povos as nossas inteligências, a nossa religião, para que eles não mais chafurdem nos seus mitos de todo abomináveis. O mundo, este lugar inigualável de fortunas e de bem estar existe para que nele plantemos as nossas raízes sociais, culturais, religiosas e economicas fecundas e de todo resplandescentes. Levemos a nossa mensagem às mais longínquas paragens, para que sejamos todos abençoados em nosso mais belo poema, o da civilização plantada em meio a hostilidade que nos cerca.

 

Aos opositores cruéis de nossas glórias, aos que nos detratam e que querem impedir nossas vitórias, se nada mais restar, que provem do fio do nosso aço e do nosso ódio.

Ataquemos, pois, e de pronto!

publicado por blogdobesnos às 15:39

Comprei um carro novo. Comprei um apartamento novo. Comprei um suéter novo, e também uma calça e mais um novo terno. Comprei uma nova idéia de cultura e, por fim, banhei-me em meus dinheiros e em minhas ilusões.

 

Depois de tanto ter comprado, adquirido, alienado, alugado, recomprado acreditei, do fundo da minha alma, que havia, de uma vez por todas, e de modo irrevogável, irretratável e indiscutível, comprado a minha felicidade.

 

Como vês, permaneço terrivelmente velho.

publicado por blogdobesnos às 15:38

Quis ativar em mim o gosto pelo meu passado, por tudo que me havia sucedido até chegar aqui, nesse momento, e poder te dizer o que se passou comigo, mas não de um jeito fugaz, nunca um “oi” desses descosturados pelo tempo, desses que dizemos e na verdade soam como um “estou indo embora”; não, que dessas saudações já ando farto, não as suporto mais.  Contrariamente, queria te dizer o que fui para que entendesses o que sou, e talvez pudesses entender melhor os desvãos dos meus pensamentos, mais ainda um pouco das minmhas inarredáveis promessas, bem mais sobre o que estendo em direção ao teu amor.

 

Queria tanto te dizer o que fui e, no entanto, agora que estou aqui, olhando teus olhos, pouco mais do que calar é o que faço. Retraio-me frente a ti como um órfão, como uma estrela sem poesia, como um mar parado na imensidão da calmaria. Perco-me tanto de ti quanto me perco em ti, me perco de ti tanto quanto me perco de mim. Estou aqui, mas nada posso fazer mais do que simplesmente balbuciar. Sinto uma dor imensa ao pensar nos meus próprios esquecimentos, e só não sou leve porque teu olhar me centra à terra, me traz de volta de meus pensamentos para tua companhia.

 

Um pouco só, abraçando a solidão é o modo como me vejo ao aproximar-me de ti, porque tu és o meu todo, e nada que possas dizer poderá te remover de dentro do meu coração. Mesmo as tuas ausências e o que possam causar-me de desconforto não são capazes de te arrancar de mim, e talvez por isso tenha tanto de te dizer o que em minha alma ocorreu quando, bem antes de te conhecer, já te buscava. Tenho necessidade de dizer-te o que os anos de angústia me roubaram, o que os anos de tristeza me marcaram para que possas por em mim o bálsamo dos teus olhos. Quero te contar de mim, pois me necessito ver em ti, quero criar um avatar de mim para mergulhar em teus olhos, quero libertar-me de vez dos pesadelos que me tornaram o que sou, para renscer em teu olhar.

 

O tempo, contudo, conspira contra mim, e sei que, pouco mais, pouco menos, irás partir não apenas daqui, mas de mim, e a tua lembrança não será necessariamente forte para me fazer escrever, de modo mais atento, o sentimento e o sentido com os quais moldasses meus desejos. Preciso pois, falar-te agora, e mesmo que não me possas escutar, mesmo que te ausentes, continuarei dizendo para mim mesmo o que tua falta me traz. Enfim, a qualquer momento, talvez por um motivo ínfimo, restarei cansado e cairei novamente no vazio em que me tornei em consequencia da intensa dor que me traz a falta dos olhos teus.

publicado por blogdobesnos às 15:36

Quis ativar em mim o gosto pelo meu passado, por tudo que me havia sucedido até chegar aqui, nesse momento, e poder te dizer o que se passou comigo, mas não de um jeito fugaz, nunca um “oi” desses descosturados pelo tempo, desses que dizemos e na verdade soam como um “estou indo embora”; não, que dessas saudações já ando farto, não as suporto mais.  Contrariamente, queria te dizer o que fui para que entendesses o que sou, e talvez pudesses entender melhor os desvãos dos meus pensamentos, mais ainda um pouco das minmhas inarredáveis promessas, bem mais sobre o que estendo em direção ao teu amor. Queria tanto te dizer o que fui e, no entanto, agora que estou aqui, olhando teus olhos, pouco mais do que calar é o que faço. Retraio-me frente a ti como um órfão, como uma estrela sem poesia, como um mar parado na imensidão da calmaria. Perco-me tanto de ti quanto me perco em ti, me perco de ti tanto quanto me perco de mim. Estou aqui, mas nada posso fazer mais do que simplesmente balbuciar. Sinto uma dor imensa ao pensar nos meus próprios esquecimentos, e só não sou leve porque teu olhar me centra à terra, me traz de volta de meus pensamentos para tua companhia.

 

Um pouco só, abraçando a solidão é o modo como me vejo ao aproximar-me de ti, porque tu és o meu todo, e nada que possas dizer poderá te remover de dentro do meu coração. Mesmo as tuas ausências e o que possam causar-me de desconforto não são capazes de te arrancar de mim, e talvez por isso tenha tanto de te dizer o que em minha alma ocorreu quando, bem antes de te conhecer, já te buscava. Tenho necessidade de dizer-te o que os anos de angústia me roubaram, o que os anos de tristeza me marcaram para que possas por em mim o bálsamo dos teus olhos. Quero te contar de mim, pois me necessito ver em ti, quero criar um avatar de mim para mergulhar em teus olhos, quero libertar-me de vez dos pesadelos que me tornaram o que sou, para renscer em teu olhar.

 

O tempo, contudo, conspira contra mim, e sei que, pouco mais, pouco menos, irás partir não apenas daqui, mas de mim, e a tua lembrança não será necessariamente forte para me fazer escrever, de modo mais atento, o sentimento e o sentido com os quais moldasses meus desejos. Preciso pois, falar-te agora, e mesmo que não me possas escutar, mesmo que te ausentes, continuarei dizendo para mim mesmo o que tua falta me traz. Enfim, a qualquer momento, talvez por um motivo ínfimo, restarei cansado e cairei novamente no vazio em que me tornei em consequencia da intensa dor que me traz a falta dos olhos teus.

publicado por blogdobesnos às 15:29

Partilhava o homem de uma amizade sincera com Pedro. Um dia, ambos não mais se viram, e Pedro foi morar muito longe, e acabaram, como ocorre de quando em quando, por se perderem. Anos se passaram e eles passaram a ser, um para outro, uma cálida lembrança, um fio de sonho, passagens e memórias em comum.

 

Em uma noite de inverno, Pedro estava em sua casa quando, de repente iniciou uma ventania muito estranha, incomum. Ao olhar pela janela, notou que as folhas das árvores pareciam imóveis. Tudo, de repente, ficara suspenso; mesmo os sons comuns da rua emudeceram. Então, de onde lhe vinha aquele tremor, aquela sensação repentina de frio, senão…de si mesmo?! Onde estava Benjamim, e porque a lembrança do amigo lhe era tão viva, tão real, tão próxima que praticamente podia escutá-lo, sentir-lhe a presença? Onde, Benjamim, onde você estava, agora, perguntava-se angustiado Pedro, enquanto as sombras deslizavam, imperceptíveis entre Pedro e as janelas?

 

……

 

Em algum lugar ermo, perdido no tempo, Benjamim observava Pedro. Via-lhe o desespero, as lágrimas que acudiam o amigo, mas, sabia, que, independentemente da vida que ambos levaram, dos destinos e das estradas percorridas, estavam mais próximos que nunca. Em breve poderiam, calmamente conversar, enquanto, lá fora, uma chuva miúda anunciava mais uma noite fria e sem luar.

publicado por blogdobesnos às 15:21

Em algum lugar, bem longe de onde estou, começou minha peregrinação. Cheguei aqui, com todos meus sentidos, com meus percalços, com um pouco menos de espírito mas ainda sendo solidário, cheguei aqui, talvez para simplesmente sentar e te contar uma grande história, mas não essas de vultos e heróis pátrios, nem de descobridores, nem de talentosas pessoas. A história que venho te contar é a minha mesmo, essa que fui entretecendo nos dias e nas noites em que vaguei por aí, em que fui eu um parco herói de baixo coturno. Mas, se não quiseres escutá-la, não vou sequer me amolar, pois a compreensão habita em mim. Assim como o conformismo. Não, não te preocupes se te disse que percorri grande distância para que fosses meu ouvinte. Esquece, afinal, como se diz por aí, eu sou mentiroso. Essa é a minha fama, e portanto é nela que baseio meus comportamentos. Depois de tantos anos, é bom que brindemos à alcatéia com nossa mais solene indiferença. Me querem mentiroso, pronto! assim eu serei, e não se discute mais isso.

 

Sim, é por esse motivo talvez, por dares mais atenção aos boatos que aos fatos que não me queres escutar. És uma pessoa dessas sérias, comprometidas, probas, que tem muitos compromissos e não deves mais perder teu tempo me dando tua atenção. Sim, sim, as pessoas sérias sempre dão alguma coisa aos outros, para que esses fiquem lhe devendo favores. Eu, cá com meus botões, percebo: me destes já uma parte do teu tempo, mas não podes mais fazê-lo, então só posso agradecer a tua misericordiosa contenção ao me ouvir, pelo menos até aqui e a história – ah, sim, a história! – não, não te preocupes, afinal ela é longa, o tempo se esvai como líquido entre as mãos, e é melhor assim que tudo fique para outro dia, quando também não mais irei contá-la.

 

Não te dês ao trabalho sequer da curiosidade, pois em mim habita o improviso e decerto, do muito que te diria, a maior parte seria pura invencionice, assim, hás de sair agora, no que te dou razão, embora não te dê meus argumentos, minhas metáforas, sequer minhas metonímias, que tanto aprecio. Ficamos assim, então, sem mágoa, sem remorsos, sem desconfianças, tu partes e levas contigo o que trouxesses, tuas tarefas, teus agendamentos, tua pouca paciência, enquanto eu, pássaro livre e altaneiro levo em mim apenas o trinado da liberdade dos que nada tem a perder. Adeus, então.

publicado por blogdobesnos às 15:19

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