Comprei um carro novo. Comprei um apartamento novo. Comprei um suéter novo, e também uma calça e mais um novo terno. Comprei uma nova idéia de cultura e, por fim, banhei-me em meus dinheiros e em minhas ilusões.
Depois de tanto ter comprado, adquirido, alienado, alugado, recomprado acreditei, do fundo da minha alma, que havia, de uma vez por todas, e de modo irrevogável, irretratável e indiscutível, comprado a minha felicidade.
Como vês, permaneço terrivelmente velho.